OFICINA IV: Atenção Integral à saúde do portador de Tubercolose
CIS:
Hoje só tivemos um paciente no CIS.
J.P., um homem de 67 anos, se apresenta no consultório de dermatologia queixando-se de pintas escuras, com bordas definidas, sem texturas e com relevo, na região facial e infraaxilar bilateral. Há 10 anos, J.P. trabalhou por 20 anos como vendedor ambulante na praia; nega uso de protetor solar, mas refere uso de chapéu durante o trabalho. Nega mudança de tamanho, aspecto, textura ou coloração das pintas e alega que notou o surgimento delas em torno de 5 anos atrás.
Após a anamnese e inspeção das pintas, a dermatologista Dra. Maria foi chamada e reconheceu as pintas como queratose seborreica, explicando a relação do surgimento dessas com a genética e a alta exposição ao sol. Ela orientou o paciente sobre cuidados com a pele e a possibilidade de remoção para fins estéticos, caso o paciente queira a remoção.
Gostei bastante da abertura da aula. O vídeo que a Fernanda mostrou foi muito bom para engajar o grupo no tema, e senti que participei bem das discussões. O assunto da OT também me interessou bastante.
No fechamento, houve uma confusão na turma e alguns alunos pensaram que o fechamento ocorreria junto com a APA. Isso não podia estar mais longe da verdade. Descobri que essa era uma fake news — "informação falsa que é transmitida ou publicada como notícia, motivada por razões políticas ou para fins fraudulentos", segundo o Oxford Languages — no próprio dia da aula. Esse mal-entendido acabou resultando em uma mistura de ignorância parcial da minha parte com um certo despreparo.
Por isso, fiquei quieto :|
Para compensar, pretendo fazer as questões propostas na abertura e revisar o conteúdo com base nas fontes indicadas na OT.
1. Descreva a fisiopatologia da tuberculose (estágios).
2. Descreva a epidemiologia da tuberculose (prevalência, população cometida, distribuição
regional, gênero, faixa etária, escolaridade, renda).
3. Como é feita a prevenção da tuberculose na Atenção primária?
4. Quais são os critérios (7) para rastreamento (HIV) de tuberculose conforme cada grupo
populacional?
5. Quais os critérios (7) diagnósticos para tuberculose?
6. Explique o funcionamento da notificação de tuberculose na atenção primária?
7. Como se dá o tratamento e acompanhamento (protocolos de adesão) da tuberculose
oferecidos pela atenção primária?
8. Quais são as estratégias para aumentar a adesão à tuberculose? (Tratamento
supervisionado)
9. O que é o programa nacional de controle da tuberculose no Brasil e como funciona?
OFICINA III: Atenção Integral à Saúde do Portador de HAS
CIS:
Fiquei em uma sala com o meu colega João e juntos atendemos um paciente que referia uma lesão extremamente abstrata no joelho, com uma história mais bizarra ainda. A lesão não parecia ser uma lesão mas sim uma area mais escura, muito difícil de descrever e até observar.
O paciente nos contou que há 6 meses atrás, ao abaixar pra consertar a tubulação de esgoto de sua casa, acabou encostando o joelho no líquido por 5 minutos. No dia seguinte, começou a sentir uma coceira na região e uma "mancha". Eu e meu colegas fizemos uma anamnese aprofundada e inspeção da area acometida; não vimos nada. O paciente relata que só fez uso de pomadas antibióticas e anti-hitamínicos, sem sucesso ou sinal de melhora.
Portanto, eu e meu colega desenvolvemos a hipótese de que poderia ser um agente fungíco, já que o antibiótico não apresentou melhora. Assim, chamamos a dermatologista, que ficou igualmente confusa com a lesão. Ela concordou com a nossa hipótese e receitou um creme que possuí antifungico, antibiótico e corticoide para um tratamento geral, já que não conseguiu fechar um diagnóstico a partir da lesão.
Mesmo tendo perdido a abertura da OT, estudei por conta própria em casa e me senti bem preparado para o fechamento. Durante o encerramento, o grupo participou bastante e conseguimos discutir bem as questões, o que me fez sentir que alcançamos os objetivos propostos.
Acho muito válido revisitar temas como HAS, porque a cada vez que voltamos neles, conseguimos aprofundar mais. Isso tem ajudado bastante na fixação do conteúdo e no meu entendimento geral sobre o SUS.
1. Critérios diagnósticos e classificação por estágios
A HAS é definida pela elevação sustentada da pressão arterial (PA): pressão sistólica (PAS) ≥140 mmHg e/ou
diastólica (PAD) ≥90 mmHg em indivíduos fora de uso de anti-hipertensivos . Recomenda-se confirmar o
diagnóstico em 2–3 aferições em dias distintos, com técnica adequada . Excepcionalmente, uma
única medida ≥180/110 mmHg com evidências de lesão em órgão-alvo permite diagnóstico imediato . A
classificação adota níveis pressóricos (Tabela 1): normotensão (<120/80), pré-hipertensão (120–139/80–89) e
hipertensão em três estágios – Estágio 1 (140–159/90–99), Estágio 2 (160–179/100–109) e Estágio 3 (≥180/
≥110) . Estes valores seguem a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão e orientam a conduta
terapêutica.
2. Rastreamento da HAS
O rastreamento consiste em medir a PA em todos os adultos, preferencialmente em cada contato na
Atenção Primária à Saúde (APS). Recomenda-se aferir a PA em adultos ≥18 anos que compareçam à UBS:
se não houver registro nos últimos dois anos, deve-se verificar e registrar . A mensuração pode ser feita
pela equipe multiprofissional (médico, enfermeiro e ACS). Na comunidade, ações como visitas domiciliares e
Programa Saúde na Escola também reforçam o rastreamento. O Ministério da Saúde orienta a educação em
saúde para incentivar check-ups anuais de PA após os 20 anos . Em casos de dúvidas (ex.: efeito
avental branco), recomenda-se MAPA ou monitorização domiciliar (ver ponto 9).
3. Epidemiologia da HAS
A hipertensão é altamente prevalente: no Brasil, cerca de 25% a 30% dos adultos relatam diagnóstico de
HAS . A prevalência aumenta com a idade (mais de 50% em idosos) e atinge maior proporção entre
mulheres (por contato com serviços) . Populações de raça negra apresentam maior prevalência e
gravidade da doença . Fatores socioeconômicos adversos (baixa escolaridade, renda) associam-se à HAS.
A distribuição regional mostra prevalência mais alta no Sul/Sudeste (ex.: RJ 28,1%, MG 27,7%) e menor nas
regiões Norte/Nordeste (ex.: PA 15,3%) . Além disso, tabagismo, obesidade, sedentarismo e diabetes são
frequentes na população hipertensa . A HAS é responsável por elevado ônus de doença: é fator de
risco principal para acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca,
doença renal crônica, além de causar cerca de 55 mil óbitos/ano por complicações vasculares no Brasil.
4. Prevenção da HAS na rede pública
Na APS, a prevenção é primordialmente não farmacológica. Deve-se promover estilo de vida saudável:
dieta rica em frutas, vegetais e fibras; redução de sal (≤5 g/dia), gorduras saturadas e álcool; prática regular de atividade física; controle do peso corporal; cessação do tabagismo e manejo do estresse .
Políticas públicas (Guia Alimentar, incentivo ao exercício em escolas e “Academias da Saúde”) reforçam essas
ações. A educação em saúde (grupos de hipertensos, visitas domiciliares, PSE) alerta para fatores de risco. A
vigilância dos hipertensos (por exemplo, por registro em programa local ou “Hiperdia” adaptado) permite
identificar precocemente mudanças no estilo de vida. Em resumo, ações coletivas e educativas na APS
atuam na prevenção primária, enquanto o controle da PA e dos fatores de risco evitam complicações
(prevenção secundária).
5. Tratamento da HAS (medicamentoso e não medicamentoso)
Medidas não medicamentosas: seguem os pilares da prevenção: dieta hipossódica (<5 g/dia de sal),
redução de peso em caso de sobrepeso/obesidade, prática de atividade física aeróbica regular (≥150
minutos/semana), moderação no álcool e cessação do tabagismo . Essas condutas devem ser reforçadas
em toda consulta.
Tratamento farmacológico: as principais classes disponíveis no SUS são (i) diuréticos tiazídicos (ex.:
hidroclorotiazida), (ii) inibidores do sistema renina-angiotensina (IECA/BRAs, ex.: captopril, losartana), (iii)
bloqueadores de canal de cálcio (ex.: anlodipino), (iv) betabloqueadores (ex.: propranolol) e (v)
vasodilatadores. As diretrizes indicam diuréticos em baixa dose como terapia inicial na maioria dos
hipertensos . Em estágio 1, pode-se iniciar monoterapia (geralmente tiazídico) , mas só controla a PA
em ~50% dos casos. Frequentemente são necessárias associações (ex.: diurético + IECA ou bloqueador de
cálcio) . Pacientes em estágio 2 ou alto risco já devem receber tratamento combinado inicialmente .
O SUS fornece esses medicamentos gratuitamente (UBS e Farmácia Popular) ; basta receita médica e
documento. Cada medicamento é usado conforme indicações clínicas e efeitos adversos. O objetivo
terapêutico geral é atingir PA alvo < 140/90 mmHg (mais rigoroso se tolerado em diabéticos/ICP).
6. Estratificação de risco na Atenção Básica
Na APS, todo hipertenso deve ter estratificação do risco cardiovascular global, integrando nível pressórico
com fatores de risco, lesões de órgão-alvo (LOA) e comorbidades (diabetes, DRC, DAC) . Utiliza-se
tabela ou fluxograma (ex.: 7ª Diretriz SBC) que classifica o risco em baixo, moderado ou alto. São
considerados fatores: idade (mulheres >65, homens >55 anos), tabagismo, diabetes, dislipidemias e história
familiar prematura de doença cardiovascular . Por exemplo, pacientes sem fatores extras e HAS
estágio 1 têm baixo risco, mas qualquer hipertenso estágio 3 ou com LOA/DM é classificado como alto risco
. A estratificação orienta metas e necessidade de consultas mais intensas ou encaminhamentos: as
referências especializadas incluem cardiologia, nefrologia, endocrinologia e oftalmologia.
7. Acompanhamento longitudinal (retorno e exames)
O acompanhamento do hipertenso é contínuo na APS. Após diagnóstico ou ajuste de medicação, retornos
costumam ser mensais até estabilização; em casos controlados, reavaliações podem ocorrer a cada 3–6
meses. Em cada retorno verifica-se PA, adesão ao tratamento, efeitos adversos e autocuidado (medidas
não-farmacológicas). Periodicamente, solicita-se exames de rotina para detecção de LOA e controle de
riscos: glicemia de jejum, perfil lipídico, creatinina e eletrólitos, EAS (proteínas/albumina), TSH e
hemograma, ao menos anualmente . Exames complementares são solicitados conforme indicação:
eletrocardiograma de repouso, fundos de olho, microalbuminúria/ACR e ecocardiograma em suspeita de lesões de órgão-alvo . O uso de MAPA/diário domiciliar (ver item 9) pode ser indicado para melhor
avaliar a PA em casa. Todo paciente hipertenso deve ser registrado em sistema de acompanhamento
(prontuário da UBS ou aplicativo estadual), garantindo retorno pré-agendado e continuidade de cuidados.
8. Complicações clínicas da HAS
A HAS é o principal fator de risco para complicações cardiovasculares e renais crônicas . Complicações
macrovasculares clássicas incluem acidente vascular cerebral (AVC) (isquêmico ou hemorrágico), infarto
agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva e doença arterial periférica . Entre as
microvasculares, destacam-se a retinopatia hipertensiva (visão comprometida) e a doença renal crônica
terminal (necessitando diálise) . O controle inadequado da PA acelera o surgimento dessas lesões:
estima-se que AVC e IAM sejam responsáveis por grande parte das mortes atribuíveis à hipertensão .
Além disso, a HAS crônica contribui para declínio cognitivo e agrava outras comorbidades (diabetes,
obesidade), aumentando a morbimortalidade global.
9. MAPA e diário pressórico (MRPA)
Além da aferição clínica, a monitorização da PA fora do consultório ajuda no diagnóstico e seguimento. O
MAPA-24h (Monitorização Ambulatorial da PA) registra a pressão em intervalos durante 24 horas, avaliando
valores de vigília e sono . Já o diário domiciliar (MRPA) consiste em três medições matinais e três
vespertinas por dia, ao longo de 5–7 dias consecutivos . Essas ferramentas são indicadas quando há
suspeita de hipertensão do avental branco (PA elevada em consultório, mas normal em casa) ou de
hipertensão mascarada (PA normal em consultório, mas elevada no dia a dia) . O MAPA é especialmente
útil em casos de grande discrepância entre casa e consultório, suspeita de não queda noturna (“dipping”) ou
renovascular . O MRPA simplifica o rastreamento inicial em estágio leve. Em resumo, MAPA/diário
confirmam o diagnóstico e evitam tratamentos desnecessários: valores normais de MAPA são em torno de
<135/85 mmHg (vigília) e <120/70 mmHg (sono) , enquanto MRPA <135/85 mmHg é considerado
aceitável .
10. Crise hipertensiva (urgência vs. emergência)
Crise hipertensiva é caracterizada por PAS ≥180 e/ou PAD ≥120 mmHg. Urgência hipertensiva é a elevação
grave da PA sem dano agudo em órgão-alvo; nesses casos, a redução tensional é feita de forma lenta
(horas) no ambulatório ou pronto-socorro, usando medicações orais (ex.: captopril sublingual) . Já
emergência hipertensiva envolve PA muito alta com sinais de lesão em órgão-alvo, como encefalopatia
hipertensiva, edema agudo de pulmão, infarto, dissecção aórtica, AVC hemorrágico, pré‑eclâmpsia grave
etc . Nas emergências, a PA deve ser reduzida rapidamente em ambiente hospitalar (geralmente UTI),
com drogas IV e monitorização contínua . Por exemplo, em emergência hipertensiva, recomenda-se
internação em UTI e controle rápido da PA; já nas urgências, pode-se internar em enfermaria ou controlar
gradualmente em 24 horas . Destacam-se diferenças no manejo: emergências exigem vasodilatadores
endovenosos (nitroprussiato, nitroglicerina IV, nitroprussiato de sódio) e cuidados intensivos; urgências
podem ser manejadas com fármacos orais e seguimento ambulatorial.
11. Linha de cuidado da HAS na RAS
O Ministério da Saúde instituiu a Linha de Cuidado do adulto com HAS, integrando todos os pontos da
RAS. A linha de cuidado descreve o itinerário assistencial — desde a abordagem em casa (visitas do ACS/
SAMU) e na APS até a atenção especializada e urgência — orientada por protocolos unificados . Na APS,
o paciente hipertenso é acolhido, diagnosticado, estratificado e tratado conforme fluxos pactuados . As
UBS são responsáveis pelo coordenação do cuidado, inclusive referenciando casos que excedem sua
capacidade (por exemplo, hipótese de HAS secundária, refratária ou lesões de órgão-alvo avançadas) para
cardiologia, nefrologia, endocrinologia ou oftalmologia . A linha de cuidado também estabelece normas
de suporte na urgência (pronto-socorro e SAMU) para crises hipertensivas. Em suma, há um continuum
assistencial padronizado: prevenção e tratamento inicial na APS, referência para exames e terapias
específicas quando necessário, e acompanhamento em todas as esferas. Esse modelo reforça a articulação
entre APS e demais níveis de atenção na rede pública, conforme diretrizes do MS.
Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica nº 15 – Hipertensão Arterial Sistêmica. Brasília:
MS, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Linha de Cuidado do Adulto com Hipertensão Arterial Sistêmica. Brasília: MS,
2021.
Brasil. Ministério da Saúde. Portal Gov.br – Hipertensão (Pressão Alta). Disponível em: saude.gov.br/
temas/hipertensao.
Brasil. Ministério da Saúde. Hipertensão Arterial Sistêmica: Saúde explica… (Notícias, 26 abr. 2022).
Disponível em: noticias.saude.gov.br.25.
Brasil. Ministério da Saúde. Relatório VIGITEL – Dia Mundial da Hipertensão (17 mai. 2022). Disponível
em: gov.br/saude. Acesso em:
PROVA D1: PMSUS
Não tive dificuldades para estudar, usei todas as fontes que a Fernanda indicou e as relatorias das nessas aulas no meu estudo. Achei a prova justa e bem feita. Consegui SE em tudo, não errei nenhuma questão, e espero estar ainda melhor para a próxima.
As OTS do SUS têm sido muito úteis nos meus estágios, e quero continuar me esforçando na matéria.
APA 1
OFICINA II: Atenção integral aos pacientes portadores de DM
Fechamento
(AINDA NÃO TIVE CIS ESSA SEMANA)
Começamos a aula hoje com uma explicação do cronograma desse semestre pela Professora Fernanda (forças, prof!) e uma breve explicação dos portfólios. Logo após isso, fomos diretamente para onde paramos da última vez: QAs.
Hoje fechamos a Oficina 2 com chave de ouro. Fui coordenador e acho que contribui bastante na aula de hoje. Conseguimos responder todas as questões de maneira satisfatória e todos contribuíram.
Penso que poderíamos ter ido um pouco mais a fundo na pesquisa em casa e feito o comparativo entre coisas desatualizadas e atualizadas, além de estabelecer os novos dados. Acho que alguns ficaram um pouco confusos com isso e a Professora teve que projetar alguns gráficos que a turma não conseguiu chegar sozinha. Mas, ainda assim, penso que foi ótimo e não restaram nenhuma dúvida.
Também sinto que nosso conhecimento prévio de DM e experiências em UBS nos ajudaram bastante nessa OT.
OFICINA II: Atenção integral aos pacientes portadores de DM
Abertura
Hoje discutimos bastante sobre doenças crônicas na atenção básica, vimos um vídeo e abrimos uma roda para discutir os pontos importantes desses. Falamos sobre rastreamento, diagnóstico, prevenção e acompanhamento com todo o repertório que esses 5 semestres (4, realisticamente) de UBS nos trouxe; portanto conseguimos fazer diversos links interessantes com o assunto da Oficina.
De modo geral, achei que a aula fluiu bem mas eu poderia ter participado mais! Ainda mais respondendo uma pergunta sobre sistema de informação específico de doenças crônicas com "IBGE"... Mas em minha defesa eu notei o erro imediatamente! Não estava totalmente presente no momento...
Dessa forma, espero participar um pouco mais na próxima sessão!
Hoje, tive duas experiências que refletiram aspectos importantes da prática médica. No CIS, continuamos na dermatologia e atendemos um paciente com uma lesão no joelho de origem difícil de identificar. Após uma anamnese detalhada e inspeção, a hipótese de um agente fúngico foi levantada, já que o tratamento com antibióticos não teve efeito. A dermatologista concordou com nossa hipótese e receitou um creme com antifúngico, antibiótico e corticoide, já que não conseguiu definir um diagnóstico exato.
Na aula de Reflexão da Prática, discutimos doenças crônicas na atenção básica, focando em rastreamento, diagnóstico, prevenção e acompanhamento. A discussão foi fluida e eu conseguimos fazer boas conexões com o conteúdo da UBS. No entanto, percebi que poderia ter participado mais ativamente.
Portanto, foi legal.
Descreva a epidemiologia do diabetes (população mais acometida, distribuição regional, faixa etária, gênero, fatores sociais – escolaridade, indicador da prevalência) Fonte: Vigitel – Procurar por: relatório Vigitel diabetes
Como é feito o rastreamento do diabetes no Brasil na atenção básica
Como é feito o diagnóstico do diabetes no Brasil na atenção básica e os valores de referência (na prova cai sem os valores de referência- temos que saber de cor)
Como é feito o tratamento e acompanhamento do diabetes no Brasil na atenção básica? Fonte: Caderno de atenção básica e Diretrizes da Sociedade Brasileira de diabetes
Quais as estratégias da estratificação de risco na atenção básica pra eu avaliar se o paciente tem diabetes (avaliação do grau de risco individual para cada pessoa – risco daquela pessoa ex: comorbidades, cardiovascular)
OFICINA I: Atenção Integral à Saúde do Adulto
Fechamento
UBS:
Ainda estamos sem UBS.
CIS:
Essa semana meu grupo não teve CIS.
Não compareci nessa essa aula pois não estava me sentindo fisicamente bem no dia. Portanto, pedi para meus colegas me atualizarem sobre pontos importantes caso tenha perdido algum.
Não compareci nessa essa aula pois não estava me sentindo fisicamente bem no dia. Portanto, pedi para meus colegas me atualizarem sobre pontos importantes caso tenha perdido algum.
Como também não estamos com UBS nem CIS essa semana, ficou difícil relatar algo aqui relacionado a isso. Espero, profundamente, que a coordenação resolva suas "questões burocráticas" que os impedem de nos ensinar.
1. O que é a carga global de doenças e seus indicadores (DALY, YLL, YLD)?
Tipo de estudo epidemiológico que visa quantificar ou mensurar o perfil e o peso de doenças e agravos na morbimortalidade das populações. Sua preocupação é global. Estudo utilizado para comparar a saúde dos países. Os principais indicadores utilizados são:
• DALY (Disability-Adjusted Life Year – Ano de Vida Ajustado por Incapacidade): Representa o total de anos de vida saudável perdidos devido a morte prematura ou incapacidade. É a soma de YLL e YLD, permitindo avaliar o impacto combinado da mortalidade e da morbidade.
• YLL (Years of Life Lost – Anos de Vida Perdidos por morte prematura): Uma pessoa morre antes da expectativa de vida na região. Algo de errado aconteceu para a pessoa não atingir o potencial de expectativa de vida. Mede os anos de vida perdidos devido a mortes prematuras. É calculado subtraindo a idade da morte da expectativa de vida ideal para aquela população. “Quantos anos de vida são perdidos no Brasil devido ao Covid-19?"
• YLD (Years Lived with Disability – Anos Vividos com Incapacidade): Representa o tempo vivido com doenças ou lesões que reduzem a qualidade de vida, ponderado pelo grau de severidade da condição. Há uma tabela padronizada com graus de incapacidade.
2. O que é o Vigitel? O que monitora? Desde quando ele existe?
O Vigitel (“vi” de vigilância, "tel de telefone”) (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) é um sistema de monitoramento contínuo do Ministério de Saúde. Tem um foco em Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Criado em 2006, tem como objetivo monitorar anualmente, por meio de entrevistas telefônicas e celular das capitais de toda população adulta, a distribuição dos principais fatores de risco e proteção para doenças crônicas como diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias.
● Melhor inquérito para monitorar Doenças crônicas e fatores de risco a nível nacional
● Limitações: Só liga para capital, ligação, dado autoreferido normalmente subestimado
(depender na palavra do paciente)
3. O que é o Plano DANTE, seus 7 fatores de risco e 4 doenças e agravos principais?
O Plano DANTE (Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Eventos), formalmente chamado de Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis no Brasil (2021-2030), é uma diretriz do Ministério da Saúde para reduzir a carga de DCNT e agravos e promover a equidade na saúde da população brasileira. O objetivo é reduzir a morbimortalidade associada a essas doenças por meio de políticas públicas, incentivo a hábitos saudáveis e ampliação do acesso a serviços de saúde de qualidade.
● As quatro principais DCNT abordadas pelo plano são:
1. Câncer
2. Diabetes Mellitus
3. Doenças cardiovasculares
4. Doenças respiratórias crônicas
6. Hipertensãoarterial
● Os sete fatores de risco modificáveis priorizados são: (olhar ações estratégicas do plano DANTE para cada fator de risco)
1. Álcool
2. Tabaco
3. Alimentação
4. Inatividade
5. Poluição Atmosférica
6. Violência
7. Acidentes
● Foi feito um balanço com o Plano Dante anterior para fazer modificações necessárias
● Os dados vêm do Vigitel, tanto para formular o 2 planos DANTEs
4. Explique a transição demográfica, epidemiológica e nutricional.
Transição Demográfica:
Mudanças nos padrões de natalidade e mortalidade, resultando em alterações na estrutura etária da população. Ocorre em quatro estágios, começando com altas taxas de natalidade e mortalidade (equilíbrio populacional inicial).
• O primeiro estágio é caracterizado por um equilíbrio populacional decorrente das altas de natalidade e mortalidade, principalmente infantil.
• No segundo estágio, ocorre a explosão demográfica derivada da redução da taxa de mortalidade principalmente infantil e a conservação da alta taxa de fecundidade.
• No terceiro estágio, há uma queda acelerada da natalidade e aumento da longevidade, levando ao envelhecimento populacional (onde o Brasil se encontra atualmente).
• No quarto estágio, ocorre estabilização populacional com baixas taxas de natalidade e mortalidade.
Transição Epidemiológica:
Processo de modificação no perfil das doenças que acometem e matam a população. Diminuição das doenças e eventos da natureza aguda (doenças infectocontagiosas, mortalidade materna e desnutrição) e aumento de DCNT (doenças relacionadas ao estilo de vida e envelhecimento)
1. Período das pragas e da fome – alta mortalidade por doenças infecciosas e desnutrição.
2. Período do desaparecimento das pandemias – avanços médicos reduzem doenças infecciosas.
3. Período das doenças degenerativas e provocadas pelo homem – aumento de DCNT (câncer, hipertensão, diabetes).
4. Período do declínio da mortalidade por DCNT e ressurgimento de doenças infecciosas.
5. Período de longevidade paradoxal – aumento da sobrevida, mas com maior prevalência de doenças crônicas.
OFICINA I: Atenção Integral à Saúde do Adulto
Abertura
Hoje tivemos nossa primeira aula de PMSUS do ano, na qual abrimos a Oficina 1, que fala sobre Atenção Integral à Saúde do Adulto. Além disso, conheci minha nova tutora, a Prof. (quase Dra.) Fernanda.
Já tinha ouvido muito bem sobre a Reflexão da Prática dela, mas nunca acabamos juntos. Felizmente, tive uma ótima primeira impressão, já que a aula fluiu sem pausas no raciocínio e a tutora guiou o pensamento da turma muito bem. Também discutimos sobre transição demográfica e epidemiológica, e o grupo todo conseguiu dialogar sobre e trabalhar esses conceitos.
Além disso, notei que o grupo se deu bem e que conseguimos desenvolver as QAs de forma rápida e eficiente, de modo que contempla todas as intencionalidades da Oficina.
Hoje, tive duas experiências que me ajudaram a refletir sobre a prática e a teoria na medicina. No CIS, participei do atendimento a dois pacientes, incluindo o Sr. J.P., que tinha queixas dermatológicas. A explicação da Dra. Maria sobre queratose seborreica foi esclarecedora, e, com o apoio das simulações anteriores, consegui lidar melhor com a situação, embora me frustrei com a desorganização que resultou em uma carga de atendimento menor do que a da turma anterior.
Na aula de PMSUS, tivemos a primeira oficina sobre Atenção Integral à Saúde do Adulto, conduzida pela Prof. Fernanda. A aula foi fluida e interessante, e discutimos a transição demográfica e epidemiológica de forma produtiva, com boa participação do grupo. A dinâmica da turma me ajudou a trabalhar rapidamente as questões da SP.
Essas experiências me fizeram perceber como a prática e o ambiente de aprendizado influenciam diretamente o desenvolvimento na medicina.
1. O que é a carga global de doenças e seus indicadores (DALY, YLL, YLD)?
2. O que é o Vigitel? O que monitora? Desde quando ele existe?
3. O que é o Plano DANTE, seus 7 fatores de risco e 4 doenças e agravos principais?
4. Explique a transição demográfica, epidemiológica e nutricional.